Otamendi falou das chances do Benfica na Champions, de Roger Schmidt e Guardiola, e dos rituais antes dos jogos

Otamendi, defesa-central do Benfica, comentou o sorteio dos quartos de final da Liga dos Campeões, que ditou o embate das águias com os italianos do Inter de Milão.

«O clube vive de títulos, mas também tenho a consciência de que há mais equipas fortes a lutar pelo mesmo. Acho que o nosso traço mais importante é a competitividade. Temos um bom treinador, um bom grupo de trabalho e muitos miúdos carregados de ambição. Vamos tentar chegar tão longe quanto possível, sempre com os pés bem assentes na terra. Fizemos até agora foi uma boa Liga dos Campeões, mas vamos jogo a jogo. Contra o próximo adversário vamos jogar da melhor forma e tentar seguir em frente. Daremos o nosso melhor para dar uma alegria aos adeptos, que estão muito convictos, mas também queremos dar essa satisfação a nós mesmos. Oxalá possamos seguir em frente», apontou, em entrevista à UEFA, citada, esta sexta-feira, pelo jornal O Benfica.

O internacional argentino comentou ainda o facto de ser capitão dos encarnados.

«O clube deu-me uma responsabilidade grande. Mas também, pela minha personalidade, gosto de desafios e de liderar. Amo o futebol e adoro estar dentro de campo e penso que é isso que tenho de ensinar aos jovens. Temos de tentar ser um exemplo porque, no futebol, todas as pessoas estão a olhar para ti», referiu.

Nicolás Otamendi, defesa-central do Benfica, revelou o seu ritual em dias de jogo.

«No dia anterior ao jogo tento descansar e dormir bem, sem ir para a cama demasiado cedo, porque senão acordo muito cedo. Para mim, o mais importante é a sesta no dia do jogo. Ou seja, dormir a sesta nem que sejam só 20 minutos. Penso que é fundamental. Depois, acordar de manhã relaxado, saber que descansaste bem. Almoço ao meio-dia, sesta e estou pronto para o jogo. Penso que os treinadores não interferem com a tua rotina. Mas, por exemplo, o Pep Guardiola deixa-te fazer a tua rotina. Cada jogador tem a sua maneira de preparação para o jogo. Mas não há nenhuma indicação em específico. Só para descansar bem na véspera», começou por dizer, em entrevista à UEFA, citada pelo jornal O Benfica.

«Antes podia ter aquele nervosismo, aquele receio de que algo me saísse mal, agora é o contrário, mentalizo-me de que as coisas vão sair bem. Isto é, manter um sentimento positivo, a meu ver, é a chave para qualquer jogador. Tento fazer sempre a mesma coisa. Por exemplo, sempre que entro em campo, faço o sinal da cruz, digo umas palavras que são só minhas. Tento mentalizar-se, como disse anteriormente, de que as coisas me vão sair bem, de que a equipa vai funcionar bem e vamos conseguir a vitória», completou.

Nicolás Otamendi deixou elogios a Roger Schmidt, mas admitiu que não conhecia o treinador até este assumir o comando técnico do Benfica no início da época.

«Ainda não o conhecia, mas é um treinador com ideias muito claras, que dá muita confiança aos jogadores, dá bons treinos e tem a sua personalidade. Isso é importante para um grupo jovem, porque obviamente que é difícil gerir um grupo assim. Está a fazê-lo da melhor forma na sua primeira época e isso é muito importante», apontou, em declarações à UEFA, citadas, esta sexta-feira, pelo jornal O Benfica.

O defesa-central deixou ainda uma palavra a Guardiola, que foi seu técnico no Manchester City.

«Todos sabemos que o Pep Guardiola é um louco pela tática e pelo futebol. É muito apaixonado e ensinou-me muito. É um dos melhores treinadores por quem já fui comandado, para não dizer que é o melhor. A nível tático, acho que é incrível a forma como trabalha e prepara os jogos. Acredito que tive muita sorte por ter trabalhado com ele. Cada treinador acaba por te dar qualquer coisa. No princípio o Ricardo Gareca também foi alguém que me guiou e me deu tudo dele», atirou.

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