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Formação do Benfica novamente em destaque na imprensa inglesa

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A qualidade do talento e como o Benfica trabalha e potencia o mesmo, levando-o a patamares de elevada competitividade, esteve em destaque na cadeia inglesa BBC, que procurou, junto de Pedro Mil-Homens, diretor-geral da Formação do Sport Lisboa e Benfica, perceber como o processo formativo das águias funciona.

O ponto de partida é a premissa de todo o trabalho efetuado no Benfica Campus, mas também fora dele, seja nos Centros de Formação e Treino ou nas Escolas Futebol Benfica: “Todos nós gostamos de ganhar troféus, mas os nossos reais troféus, aqueles que importam mesmo, são ver os nossos Florentino, António Silva ou Gonçalo Ramos na equipa principal”, afirmou Pedro Mil-Homens.

E prosseguiu com a convicção encarnada. “Não é só chegar à equipa principal, mas mostrar qualidade e capacidade para manter-se durante um longo período. Terem capacidade para mostrar que estão preparados, a qualidade que têm, a mentalidade, e o desempenho para estar a esse nível. Quando tudo isso acontece, então podemos relaxar no sofá e dizer que cumprimos a nossa missão”, frisou.

“Os nossos reais troféus, aqueles que importam mesmo, são ver os nossos Florentino, António Silva ou Gonçalo Ramos na equipa principal”

Pedro Mil-Homens

A BBC destacou nomes incontornáveis saídos da fábrica de talentos do Benfica nos últimos anos, casos de João Félix, Rúben Dias, Ederson, Bernardo Silva e João Cancelo, atletas que têm sido referências desportivas na Premier League, dando ênfase a um dos fatores críticos de sucesso da Formação do Clube, concretamente o contacto dos atletas, o quanto antes, com a cultura de sucesso que está subjacente.

António Silva e Gonçalo Ramos, provenientes dos Centros de Formação e Treino de Viseu e Faro, são exemplos desse pressuposto, mas também da forma como a vasta rede formativa do Clube funciona.

“Na Grande Lisboa temos dois milhões de pessoas e isso não é suficiente em termos de área de recrutamento, por isso tentamos ser o mais ativos possível por todo o país. Tê-los connosco o maior tempo possível dá-nos a oportunidade para transmitir a cultura do Clube“, sublinhou.

A equipa B é outro dos pontos de sucesso identificados pela BBC, comparando a experiência do Benfica, com jovens atletas a competir no segundo escalão do futebol português e disponíveis para integrar a qualquer momento os trabalhos da equipa principal, e a dos clubes da Premier League, que necessitam de ceder os jovens atletas que formam para terem experiência no futebol profissional.

“Tentamos ajustar o nível de treino conforme o potencial dos jogadores que temos nas nossas mãos, caso contrário será uma perda de tempo para eles”

É uma grande vantagem“, apontou Pedro Mil-Homens, aludindo à possibilidade de os jovens atletas terem um contacto com o futebol profissional na equipa secundária. “Tentamos ajustar o nível de treino conforme o potencial dos jogadores que temos nas nossas mãos, caso contrário será uma perda de tempo para eles. Atletas como estes sentem que competem e treinam num ambiente que lhes oferece mais do que se estivessem a competir no escalão correspondente às idades que têm“, reforçou.

A mentalidade dos jogadores acaba por fazer a diferença no momento de se afirmarem ao mais alto nível, como é mencionado, e Pedro Mil-Homens explicou ainda o porquê da dificuldade em reter o talento produzido no Clube durante mais anos.

“O ideal seria termos um jogador na equipa principal que nos desse rendimento desportivo durante algumas temporadas e depois, sim, também desse retorno do investimento efetuado. Mas nesta indústria, por vezes, não há regras, surgem oportunidades e clubes que podem pagar o necessário para levar o jogador. Nós gostaríamos de os ter connosco por um período mais longo, mas temos de compreender que isso nem sempre acontece”, concluiu Pedro Mil-Homens.

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