Uma história de perseguição ao Benfica que não vale nem cinco cêntimos

Muito se tem falado nos últimos dias das críticas de Rui Costa e Roger Schmidt à equipa de arbitragem, liderada por Tiago Martins, do jogo entre SC Braga e Benfica, dos quartos de final da Taça de Portugal, que os bracarenses venceram no desempate das grandes penalidades (após 1-1 nos 120 minutos), onde as águias terminaram com nove elementos, após expulsões de Bah (31’) e Morato (acumulação de amarelos, no prolongamento) e ficaram a queixar-se de um penálti por marcar sobre Gonçalo Guedes, ainda na primeira parte e com o marcador em 1-0, e de uma expulsão perdoada de Racic.

A verdade é que o (polémico) histórico do árbitro da Associação de Futebol (AF) de Lisboa com os encarnados já vem desde 2019. Na altura, o juiz queixou-se, após um encontro entre Benfica e Vitória de Setúbal, que as águias venceram (1-0), de ter sido atingido por uma moeda de cinco cêntimos, quando se dirigia para o túnel de acesso aos balneários do Estádio da Luz, tendo escrito no relatório que ficou com um hematoma.

O Benfica, que acabou por ser multado em 3188 euros pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), considerou de «enorme gravidade» Tiago Martins ter escrito tal coisa no relatório, assegurando que a informação era «falsa».

Mais tarde, a 14 de janeiro de 2020, num encontro entre Benfica e Rio Ave, a contar para a Taça de Portugal, e que os encarnados, na época orientados por Bruno Lage, levaram a melhor (3-2), nova polémica entre juiz, nessa partida VAR de Artur Soares Dias, e o clube da Luz.

As águias defenderam que o segundo golo dos vilacondenses, apontado por Taremi, que representa agora o FC Porto, devia ter sido invalidado para dar lugar à marcação de uma grande penalidade a seu favor no início da jogada, por infração sobre Chiquinho

O Benfica, através da newsletter oficial, deu o «benefício da dúvida» a Artur Soares Dias, por considerar ter sido «difícil ajuizar a falta em bola corrida devido às características do lance», mas ‘atirou-se’ a… Tiago Martins, ironizando com as queixas apresentadas pelo árbitro, quando disse ter sido atingido por uma moeda na Luz.

«O VAR foi Tiago Martins, o que nos leva a questionar com compreensível ironia se, no caso em questão, estaria distraído à procura de moedas de cinco cêntimos para alegar escoriações, hematomas ou sabe-se lá que outras maleitas no peito», podia ler-se.

Agora, o SC Braga – Benfica, com o árbitro a ser alvo de muitas críticas de Roger Schmidt e Rui Costa, estando em causa um penálti que treinador e presidente dos encarnados defenderam ser semelhante ao marcado a favor do Sporting, na Luz, há umas semanas, por falta sobre Paulinho, jogo em que Tiago Martins era VAR e chamou Artur Soares Dias a ver o lance, alertando para a hipótese de falta e consequente penálti.

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