Uma entrada forte e determinada do Benfica, com dois golos apontados nos primeiros 11 minutos, encaminhou o triunfo (0-2) das águias em Paços de Ferreira, nesta quinta-feira, 26 de janeiro, em jogo da 20.ª jornada da Liga Bwin. O técnico Roger Schmidt elogiou a “eficiência” apresentada no início do encontro e confessou-se “feliz” com o desempenho da equipa.
Entre a entrevista rápida à Sport TV e a conferência de Imprensa, Roger Schmidt fez questão de reconhecer as dificuldades sentidas em Paços de Ferreira, atribuindo mérito ao rival na forma como “mostrou a sua qualidade”, num duelo em que as águias “foram eficientes” na concretização das oportunidades de golo que criaram nos primeiros minutos da contenda.
A força transmitida pelo apoio dos Benfiquistas, o desejo de os fazer “felizes”, assim como os desempenhos de Draxler e Guedes, foram temas igualmente abordados pelo treinador do Benfica.

ENTRADA FORTE AJUDOU
“Estamos muito felizes por termos ganhado, esperávamos um jogo difícil e acabou por sê-lo. Foi muito importante começar bem, em forma, a jogar ao ataque. Marcámos dois golos cedo e isso ajuda sempre. Algumas vezes, durante esta época, falhámos oportunidades que criámos no início dos jogos. Hoje, fomos muito eficientes no início e jogámos bem. Mas depois tivemos de mostrar outros argumentos. O Paços de Ferreira fez um bom jogo, mostrou a sua qualidade, têm jogadores experientes e quando têm tempo conseguem sempre criar algo. Tiveram algumas oportunidades, e nós, às vezes, não as concedemos. Temos de aceitar que encontraram soluções e mostrámos a nossa qualidade a defender dentro e fora da grande área, nos duelos após cruzamentos. Foi um jogo difícil, mas merecemos vencer. Foi muito importante! Estou feliz com o desempenho da equipa!”

PERDAS DE BOLA COMPLICARAM
“Depois dos primeiros 30 minutos cometemos vários erros, perdemos algumas vezes a bola, complicámos um pouco em vez de facilitarmos. Falámos disso ao intervalo e na segunda parte melhorámos e não corremos tantos riscos na construção. Temos de respeitar o que fez o adversário, tivemos algumas oportunidades para marcar o 0-3, mas não marcámos. O adversário esteve no jogo e tivemos de mostrar outras qualidades, mas isso faz parte do futebol. Temos de aceitar a história do jogo. Não concedemos muitos golos e isso é um bom sinal, especialmente fora de casa, quando o adversário procura aproveitar a vantagem de jogar no seu estádio. Os jogos fora também são quase como jogar em casa, devido aos nossos adeptos.”

JOGAR NUM “PEQUENO” ESTÁDIO DA LUZ
“Temos uma boa estatística fora de casa, também porque temos muitos adeptos a apoiarem a equipa. Tivemos um grande ambiente no estádio. Podemos contar sempre com os nossos adeptos. Quando vimos para o estádio e temos tantos Benfiquistas por detrás das duas balizas, claro que temos de jogar bem e fazê-los felizes. É sempre uma grande motivação para nós.”

GUEDES FEZ O “TRABALHO” DE CASA
“É ainda um jogador jovem, mas já tem muita experiência ao nível internacional. Este é um regresso a casa, penso que não é difícil integrar-se na nossa equipa, todos estão satisfeitos com a presença dele. Fez alguns treinos com a equipa, já sabia um pouco como nós jogávamos, pois tinha visto todos os jogos do Benfica nesta época e sabia um pouco mais antes de chegar na última semana.”

DRAXLER A CRESCER
“Precisa de algum tempo, está melhor do que há um mês. Fisicamente está numa condição completamente diferente. Fez um jogo bom com o Santa Clara, mas claro que pode jogar melhor. Pode ser mais decisivo no jogo, assistir mais e estar próximo do golo. Sabemos disso e ele mostra isso no treino. Estamos a trabalhar forte, ele também, ainda vai fazer jogos bons pelo Benfica. E ainda será decisivo para nós nesta época, tenho a certeza. Mas precisa de tempo, trabalhamos para ter confiança.”
AS QUEIXAS FÍSICAS DE GONÇALO RAMOS
“Não sabemos ainda muito sobre isso. Sentiu uma dor numa das pernas, temos de ver e perceber. Nunca é um bom sinal.”