O Benfica já tem na mão duas propostas exatamente iguais, de 127 milhões de euros, por Enzo Fernández, o jovem médio argentino que só esta tarde regressa a Lisboa depois do Campeonato do Mundo e das celebrações do título em Buenos Aires.
É o agente Jorge Mendes que está a negociar a possível transferência de Enzo e, à semelhança do que sucedeu com João Félix, a conseguir propostas realmente ‘loucas’ num mercado que acaba, por exemplo, de ver o craque neerlandês Cody Gakpo sair do PSV para o Liverpool por 50 milhões de euros.
Jorge Mendes já apresentou ao presidente do Benfica, Rui Costa, estas duas propostas e uma terceira se aproxima, numa concorrência que parece, realmente, desenfreada, entre Premier League e Liga espanhola.
O presidente encarnado continua a querer, porém, manter o jogador, num processo que evidentemente não será nada fácil perante os números apresentados. Segundo várias fontes próximas da operação, não é ainda de excluir a possibilidade de Jorge Mendes conseguir mesmo fazer com que as propostas, ou pelo menos uma delas, chegue a inimagináveis 130 milhões, o que, na verdade, levaria o negócio para um nível mais desejado pelo líder do Benfica, que assim veria a saída de Enzo Fernández bater todos os recordes mundiais relativamente à transferência de um médio (o Manchester United pagou, há uns anos, 100 milhões pelo francês Paul Pogba) e a posição de jogador mais caro de sempre em Portugal, ocupado, até agora, por João Félix, por quem o Atlético de Madrid pagou 120 milhões mais 6 milhões em juros pela operação financeira de plano de pagamentos ao Benfica.
Apesar desta louca corrida a Enzo Fernández, e do intenso trabalho (é disso que realmente se trata!) do agente Jorge Mendes para elevar ao máximo os benefícios do Benfica e do jogador, o presidente encarnado não deixa de sonhar manter o jogador até final da época, precisamente por considerar Enzo Fernández fundamental ao projeto desportivo que conseguiu montar para esta época.
A realidade dos números é, porém, cruel, como sempre, e quando Enzo chegar esta tarde a Lisboa e ficar a saber tudo sobre a possível operação de transferência terá então palavra decisiva, e a ele caberá, se chegar o momento, escolher o destino de entre os dois clubes (que podem tornar-se três) que já chegam aos 127 milhões de euros para o garantir já em janeiro.
Está assim o Benfica, cada vez mais, entre a espada e a parede, entre o querer, até ao limite, que Enzo fique a metade da época que falta, e propostas financeiras absolutamente impensáveis nesta altura, só ao alcance, é bom e justo reconhecê-lo, pelo trabalho daquele que é considerado o melhor agente do mundo, com a credibilidade e a confiança de clubes que, à partida, ninguém julgaria dispostos a chegar aos números a que já chegaram.
