
Gonçalo Ramos deverá continuar no onze inicial no jogo de amanhã frente a Marrocos. Será sempre uma decisão difícil de tomar para a equipa técnica liderada por Fernando Santos, dado o peso tremendo que Cristiano Ronaldo tem na Seleção Nacional, mas os três golos do jovem jogador do Benfica colocam-no um passo à frente do capitão de Portugal. Tal como disse José Peseiro, em entrevista no Catar, «não é fácil voltar a sentar o Cristiano, tal como não é fácil colocar agora o Gonçalo no banco».
Gonçalo Ramos tem golo e faz, além disso, algo que, de momento, Ronaldo está a sentir mais dificuldades: jogar fora da área, promover diagonais e trazer adversários junto dele. Há, porém, uma questão igualmente interessante. De que forma, sendo Marrocos uma Seleção hiperprotetora da sua própria baliza, será importante, talvez até decisivo, ter um homem na frente de ataque que seja forte e poderoso no jogo aéreo? Importante será sempre, embora talvez seja ainda mais preciso poder ter alguém mais móvel na frente, como é, sem discussão, Gonçalo Ramos comparativamente ao (atual) Ronaldo.
Por outro lado, entrando o capitão após, por exemplo, os 60 minutos, com os adversários já desgastados e menos focados mentalmente, abrir-se-á espaço para que as suas qualidades possam ser determinantes. O seu rendimento físico, menor do que costuma ser devido, em grande parte, à ausência de uma pré-época com cabeça, tronco e membros, poderá equiparar-se ao dos adversários caso CR7 entre durante a segunda parte e não, como temos estado habituados, sempre como titular.