Frente ao Rosengard, a jogadora do Benfica alcançou o quinto encontro da temporada sem golos sofridos, terceiro de forma consecutiva.
Ana Rute Campos Costa é aquele tipo de atleta que não acusa pressão. Chegada à Luz no início da presente época, depois de duas temporadas ao serviço do Famalicão, a guarda-redes do Benfica rapidamente encontrou o seu espaço na formação encarnada.
Numa posição bastante específica e com forte concorrência – Katelin Talbert e Carolina Vilão, as outras guardiãs das águias, já conheciam os cantos à casa -, Rute não teve problemas para se impor numa equipa que é bicampeã nacional, passando a ser uma opção recorrente da treinadora Filipa Patão. Dentro de campo, a jogadora, de 28 anos, tem justificado a aposta, com exibições de mão cheia que se traduzem em alguns encontros sem qualquer golo sofrido. Frente ao Rosengard, para a terceira jornada do Grupo D da Liga dos Campeões – competição que a guarda-redes joga pela primeira vez -, Rute Costa somou o terceiro “clean sheet” de 2022/23 com a camisola benfiquista (depois dos duelos com o KF Hajvalia, do Kosovo, para as meias-finais da ronda 1 de acesso à Champions, e o Marítimo, na jornada inaugural da Liga BPI), ajudando a turma lisboeta a atingir o primeiro triunfo na fase de grupos da atual edição da prova europeia.
Natural de Barcelos e ainda com passagens por Casa do Povo de Martim, Boavista, Clube de Albergaria e Braga no seu percurso futebolístico, a guardiã também esteve em destaque pela Seleção Nacional nos últimos tempos. Diante do Haiti (5-0) e da Costa Rica (1-0), dois jogos que o conjunto luso, às ordens de Francisco Neto, disputou durante este mês de novembro para preparar a final do play-off intercontinental de acesso ao Campeonato do Mundo de 2023, Rute brilhou e manteve a baliza inviolada, perfazendo, desta forma, cinco desafios sem conceder qualquer golo aos adversários esta época, três de modo consecutivo – contra as haitianas e costa-riquenhas, por Portugal, e ante as suecas do Rosengard, pelo Benfica.
Além da segurança que transmite entre os postes, a atleta que mede 170 cm também já assinou uma assistência esta temporada, ao servir a compatriota Jéssica Silva para o tento da vitória benfiquista perante o Rangers (2-1, após prolongamento), na segunda mão da segunda eliminatória da Liga dos Campeões, golo esse que carimbou o passaporte para a fase de grupos da prova suprema de clubes do Velho Continente.
Não há margem para dúvidas: Rute Costa transpira confiança naquilo que faz e já demonstrou que o seu lugar é nos grandes palcos do futebol feminino.