
Henrique Araújo desapareceu da equipa principal do Benfica (não joga desde 30 de agosto, quando entrou na vitória de 3-2 frente ao Paços de Ferreira, para o Campeonato) e de imediato começou a formar-se a ideia de que o jovem ponta de lança, de somente 20 anos, perdeu a corrida nas preferências de Roger Schmidt, mas a realidade é diferente.
Duas antigas glórias do Benfica avaliaram o avançado e o que pode ainda dar à equipa.
João Alves:
«Henrique Araújo tem muito talento e está numa idade em que precisa de fazer crescer todas as suas potencialidades. Se jogar é meio caminho andado para o conseguir; não jogando, naturalmente que se torna mais complicado. A grande questão é que só podem jogar 11 e quando na equipa há outros também com grande capacidade… Do que vi dele, entrou em situações de ser preciso resolver os jogos e deu-se bem, não acusou a responsabilidade. Dependerá de como a equipa quer jogar, mas, pelo talento que tem, penso que entra numa tática só com um avançado, ou com dois. Precisa de jogar para explodir mas será um dos nossos grandes avançados no futuro.»
César Brito:
«O Henrique Araújo é muito bom jogador, muito bom ponta de lança. Vi o jogo que ele fez agora, quando veio com os sub-21 aqui à Covilhã [particular, frente à Geórgia e que Portugal venceu por 4-1], não fez um grande jogo, é verdade, mas mesmo assim marcou um dos golos. O Henrique tem muito potencial, gosto muito dele. Falei com o Pauleta, que me contou algumas coisas; ele tem algo dele! De Pauleta. Joga muito na desmarcação, no limite do fora de jogo. Este não falha, vai ser craque! Naturalmente que precisa de jogar mais tempo, mas penso que, quando o decidirem lançar mais vezes, dará conta do recado.»