
Em comunicado enviado à CMVM, o Benfica confirmou que chegou a um princípio de acordo com Roger Schmidt para assumir o comando técnico da equipa a partir da próxima temporada. As negociações com o treinador alemão prosseguem a fim de finalizar a contratação que ainda não se encontra formalizada.
Os contornos do contrato não foram adiantados, mas estima-se que o técnico, de 55 anos, assine um contrato válido por duas épocas com mais uma de opção.
Leia o comunicado:
«A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, informa que estão a decorrer negociações e existe um princípio de acordo para a contratação do treinador Roger Schmidt, a qual ainda não se encontra formalizada.»
Já com princípio de acordo para treinar o Benfica a partir da época 2022/23, Roger Schmidt, 55 anos, chega à Luz depois de duas épocas no PSV Eindhoven onde acaba de conquistar a Taça dos Países Baixos após vitória sobre o Ajax, por 2-1, na final. No currículo leva ainda uma Supertaça, ganha na temporada passada também diante a equipa de Amesterdão (4-0).
No campeonato, foi vice-campeão na época 2020/21 e este ano está ainda na corrida pelo título – a quatro jornadas do fim está a quatro pontos do líder Ajax.
Também conquistou títulos na Áustria (campeonato e Taça) como treinador do Salzburgo (2012-2014) e na China (Taça) no comando técnico do Beijing Guoan (2017-2019).
Pelo meio treinou o Leverkusen onde conseguiu um 4.º lugar na Bundesliga em 2014/15, um 3.º em 2015/16 despedindo-se em 2016/17 com um 12.º lugar. Foi no Leverkusen que se cruzou pela primeira vez com a futura equipa: defrontou o Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo empatado (0-0) na Luz e vencido (3-1) em casa. Seguiu para os oitavos de final onde foi eliminado pelo Atlético Madrid.
Foi também como treinador do Leverkusen que se cruzou com o rival do Benfica: eliminou o Sporting nos 16 avos de final da Liga Europa, em 2015/16, com duas vitórias: 1-0 em Alvalade e 3-1 em casa.
Schmidt tem como tática preferida o 4x3x3, procurando verticalidade sempre que os jogadores tenham a bola. Na linha de uma nova vaga de treinadores alemães, procura que as suas equipas pratiquem um futebol muito ofensivo e que sejam agressivas na reação à perda da bola. Quem com ele trabalhou fala numa obsessão pelo golo.