
No Estádio Municipal de Leiria, Everton colocou o Benfica em vantagem, mas na segunda parte o Sporting concretizou a reviravolta e acabou por vencer, por 1-2, a final da XV edição da Taça da Liga.
Nélson Veríssimo dissera-o na antevisão: “O foco? Ganhar o jogo e conquistar o troféu.” E foi precisamente com esse intento que as águias se apresentaram no Estádio Municipal de Leiria à procura da 8.ª conquista da Taça da Liga em outras tantas finais.
Apito inicial de Manuel Mota, com os encarnados com um onze composto por Odysseas, Valentino, Morato, Vertonghen, Grimaldo, Weigl, João Mário, Meïte, Diogo Gonçalves, Everton e Yaremchuk num dinâmico sistema em 4x3x3.
Primeiro quarto de hora sem golos, sem grandes oportunidades e com o Benfica a conseguir suster e sacudir a pressão inicial dos verdes e brancos.

Aos 23′, explosão de alegria nas hostes encarnadas. Passe de Morato a romper (após sair a conduzir com a bola bem colada ao relvado), Grimaldo recebeu na esquerda e ofereceu a Everton, com o brasileiro a fletir para o interior, a tirar Neto da frente e, perante Adán, a rematar de forma poderosa para o 1-0. Benfica letal e eficaz, uma oportunidade, um golo!
Na resposta (25′), enorme defesa de Odysseas, a dizer não ao cabeceamento de Gonçalo Inácio!
A partir daqui, o dérbi aqueceu (dérbi que é dérbi é mesmo assim!), com os duelos individuais a intensificarem-se, com a formação comandada por Nélson Veríssimo, em vantagem, a estabilizar o seu jogo e a gerir de forma inteligente.

Do outro lado, Sporting muito faltoso, a demonstrar nervosismo, e essa intranquilidade a refletir-se nas tomadas de decisão e a bola a andar cada vez mais longe da baliza encarnada.
Ao intervalo, 1-0 para o Benfica, a premiar uma equipa que soube sofrer ao início, soltou-se, ganhou vantagem e esse golo trouxe equilíbrio e confiança.
Tudo igual (1-1), e desafio eletrizante e intenso a todos os níveis. Já com Gonçalo Ramos em campo (entrou para o lugar de Yaremchuk), as águias começaram a explorar mais o jogo pelos flancos, com os cruzamentos à procura do internacional Sub-21 português. Do outro lado da barricada, jogo mais direto, com os verdes e brancos à procura do espaço nas costas da defensiva encarnada.

Velocidade, algumas quezílias, emoção, muita competitividade, com o esférico a rondar as duas balizas, sem oportunidades flagrantes, é certo, mas com muita ambição mútua.
Aos 73′, oportunidade para a equipa de Rúben Amorim, com o ferro a devolver o remate de Paulinho após solicitação de Matheus Nunes na direita. Estava dado o aviso… Minuto 78, contra-ataque, passe de rutura de Pedro Porro, com Sarabia a receber e no frente a frente com Odysseas a rematar para a reviravolta (1-2).
Saídas de Everton, Meïte e Morato, entradas de Pizzi, Taarabt e Henrique Araújo (estreia oficial pela Equipa A) aos 83′ e tudo por tudo do Benfica a carregar à procura do golo, perante um Sporting a defender-se com unhas e dentes.
Lance polémico aos 89′, com Henrique Araújo a ser puxado por Matheus Reis na pequena área. Nem Manuel Mota, nem o VAR (Artur Soares Dias) assinalaram a respetiva grande penalidade!

A partida terminou com o triunfo do Sporting (1-2), num encontro em que o domínio foi alternado, onde as águias estiveram na frente e acabaram por consentir a reviravolta já na reta final.
Finalizada a participação na Taça da Liga, o Benfica volta a centrar atenções na Liga Bwin. O jogo da 20.ª jornada da competição está marcada para as 19h00 de quarta-feira, dia 2 de fevereiro, com as águias a receberem, no Estádio da Luz, a formação do Gil Vicente.