A equipa feminina de futebol do Sport Lisboa e Benfica recebeu o BK Häcken no Benfica Campus, em encontro referente à 3.ª jornada do grupo D da Liga dos Campeões (20h00), saindo derrotada (0-1) por um golo de grande penalidade, muito contestada.
A primeira parte foi marcada pelo equilíbrio entre as duas formações, que disputaram cada palmo de terreno com abnegação e intensidade. Rasgadinho, o encontro começou com o Benfica a procurar pressionar a zona intermediária da formação sueca.
Porém, logo aos 2′, Rytting Kaneryd ameaçou a baliza de Letícia com um remate à figura desta. Marta Cintra, aos 9′, ainda reclamou um braço na bola de uma defensora contrária na área visitante, mas a juíza suíça Esther Staubli nada assinalou. O primeiro remate do Benfica saiu do pé direito de Beatriz Cameirão aos 13′, mas ao lado. Também Francisca Nazareth, aos 16′, atirou longe do alvo.

A melhor oportunidade de golo do BK Häcken surgiu aos 19′. Rytting Kaneryd fugiu pela direita, entrou na área e junto à linha de fundo cruzou atrasado para Blackstenius. A avançada falhou o remate, mas a bola sobra para Zigotti Olme, que disparou rasteiro, valendo a atenção de Pauleta perto da linha de baliza a aliviar, completando Sílvia Rebelo o alívio.
Pauleta voltou a estar em foco aos 27′. Um livre cobrado por Francisca Nazareth para a área, Cloé Lacasse desvia de cabeça na marca de grande penalidade e a médio não emenda para a baliza sueca por centímetros.
Rui Costa, Presidente do Benfica, viu, tal como os presentes, o jogo a baixar ligeiramente de ritmo, o qual foi quebrado por algumas mazelas de jogadoras e teve como pico alto, aos 41′, o contra-ataque conduzido por Cloé Lacasse, que, no momento de finalizar, sofreu um encosto de Kullberg. Novamente a juíza suíça a decidir pela legalidade da abordagem da defensora visitante. Christy Ucheibe ainda rematou fraco, de longe, aos 44′, à figura de Falk. As suecas terminaram a primeira parte com 58% de posse de bola, com o Benfica a apostar nas transições rápidas.

Na segunda parte o Benfica surgiu com maior pendor ofensivo, ameaçando as redes contrárias por Carole Costa, aos 52′, mas o remate saiu fraco. As encarnadas começavam a entrar no seu melhor momento no encontro. Francisca Nazareth, aos 55′, na cobrança de um livre direto à entrada da área a punir falta sobre Cloé Lacasse, atirou para grande defesa de Falk, que evitou o primeiro golo da partida.
Novamente com as mesmas protagonistas, no minuto seguinte, Cloé Lacasse, veloz, furou pela esquerda, cruzou para o coração da grande área e Francisca Nazareth atirou ao poste, naquela que foi a melhor oportunidade de golo do Benfica no encontro.
As suecas perceberam o perigo que corriam e reagiram. Aos 72′, Karnenäs surgiu em boa posição na área, disparando para excelente defesa de Letícia.

Mas o jogo acabou por ficar decidido aos 75′. Larsen escapou na área, Ana Seiça não largou a marcação, cortou a bola, jogando-a de carrinho, mas a árbitro suíça sem grande hesitação assinalou grande penalidade, muito contestada pelos Benfiquistas. Elin Rubensson não perdoou e fez o 0-1.
O Benfica foi à procura da igualdade, sem grande esclarecimento, pese a vontade demonstrada e o melhor que conseguiu foi um cabeceamento de Christy Ucheibe, aos 81′, para a defesa de Falk.
Com este resultado o Benfica soma um ponto em três jogos no grupo D da Liga dos Campeões feminina, deslocando-se no dia 17 de novembro à Suécia para defrontar de novo o BK Häcken, na 4.ª ronda. Antes, este dia 13, duelo frente ao Estoril a contar para a 7.ª jornada da 1.ª fase da Liga BPI, Série Sul.

Benfica-BK Häcken 0-1 Benfica Campus | |
Onze do Benfica | |
Letícia, Catarina Amado, Sílvia Rebelo (Ana Seiça, 65′), Carole Costa, Lúcia Alves, Beatriz Cameirão (Andreia Faria, 79′), Pauleta, Christy Ucheibe, Marta Cintra (Valéria, 56′), Francisca Nazareth e Cloé Lacasse | |
Suplentes | |
Carolina Vilão, Ana Seiça (65′), Matilde Fidalgo, Andreia Faria (79′), Valéria (56′), Maria Negrão, Carolina Correia, Daniela Santos e Lara Pintassilgo | |
Ao intervalo | 0-0 |