
Emprestado pelo Benfica ao Tottenham, Carlos Vinícius recordou o seu trajeto em entrevista ao Globoesportes. Revelou até que esteve muito perto de abandonar o futebol, até que um ‘olheiro’ o conduziu a Portugal.
«Estava tudo certo para eu deixar o futebol. E aí chegou esse olheiro e perguntou-me se não queria uma oportunidade de disputar a 2.ª Liga do campeonato português. Aceitei logo! É a mesma coisa que oferecer água para uma pessoa que está morrendo de sede», contou.
Vinícius recordou que tinha começado a carreira como… defesa-central nas escolas do Goiás. Passou pelo Santos e, depois, pelo Palmeiras. «Quando acabou o meu contrato com o Palmeiras, a minha vida virou um deserto. Fui para a Caldense e quase não joguei, fui para o Grêmio Anápolis e aconteceu a mesma coisa. Foi uma fase muito difícil na minha vida, na vida da minha esposa, dos meus filhos. Não via mais solução no futebol para poder botar o pão na mesa da minha família», recordou.
Tudo mudou com a chegada a Portugal, para representar o Real Sport Clube. Foi contratado pelo Nápoles, foi emprestado ao Rio Ave, passou pelo Mónaco, até que… surgiu o Benfica. «Quando cheguei ao Benfica, vi que estava mais do que preparado para despontar como um dos melhores. E, se hoje eu estou na Premier League, no maior campeonato do mundo, é porque todos esses clubes foram importantes na minha carreira», orgulha-se.
Com a chegada de Jorge Jesus, acabou emprestado ao Tottenham. Daí ser inevitável a questão para comparar José Mourinho e o treinador dos encarnados. «Cada um tem suas qualidades, são grandes treinadores. Foi uma honra ter tido a oportunidade de trabalhar com os dois. Mas o meu tempo com Jorge Jesus foi muito pouco. Fizemos a pré-temporada e dois jogos. Mas logo entende que o Jorge Jesus não foi campeão como foi no Brasil à toa. Por outro lado, Mourinho foi campeão de tudo, e fez o que fez pelo futebol. Não cabe a mim dizer quem é o melhor», rematou.