
Uma tarefa hercúlea. Eis o que aguarda a águia para o que resta do campeonato numa altura em que, a um jogo do final da primeira volta, os encarnados estão a nove pontos de distância da liderança, acumulados após a derrota ao cair do pano no dérbi. No final da partida, treinadores e jogadores fizeram questão de alimentar a esperança, garantindo que «ninguém atira a toalha ao chão». Ontem, os próprios responsáveis admitiam, através da habitual newsletter diária, que a missão de lutar pelo título é no mínimo «desafiante» e Rui Costa ainda deu conta que no Benfica é «proibido desistir». Mas a realidade dos números é demasiado pesada para os desafios que os homens de Jesus têm pela frente.
Desde logo, seria necessário contrariar a própria história: nunca uma equipa que esteve a nove pontos da liderança, seja a três seja a dois pontos a vitória, conseguiu reverter tamanha diferença e celebrar a conquista do campeonato no final. Verdade que nos últimos anos as águias anularam desvantagens de sete pontos primeiro com Rui Vitória (2015/16) e depois com Bruno Lage (2018/19), mas nunca nove.