
Jonathan Alves foi treinador adjunto na equipa técnica de Alain Casanova no Toulouse, em 2018, assistiu à ascensão veloz e à transferência de Jean-Clair Tobido para o Barcelona. Em entrevista, recorda a transformação do francês de médio-defensivo para defesa-central e elogia-lhe a capacidade de gerir o espaço nas costas. E não só.
Todibo estreou-se como sénior no Toulouse. Poucos meses depois foi contratado pelo Barcelona. Surpreendeu-o o salto repentino na carreira?
– Apesar de, na altura, ele ter 10 jogos como profissional, o salto para um grande clube europeu não me surpreendeu, tendo em conta o que ele demonstrava em campo e a margem de progressão que tinha. E que tem. Adivinhava-se que iria para um clube de topo a nível mundial, embora pensássemos que fosse somente no final da época.
Quais as principais características de Todibo?
– Sai bem a jogar. Mesmo sob forte pressão erra muito pouco, diria que se sente muito confortável com bola. É muito rápido e potente, não tem problemas se tiver 50 metros nas costas da linha defensiva para gerir, o que é uma vantagem para quem está numa equipa que é confrontada a gerir esse espaço com muito regularidade, como é o caso do Benfica. Em situações de um contra um defensivo é igualmente forte. É um jogador que foi convertido em defesa-central há duas épocas e, com um treinador da categoria e exigência de Jorge Jesus, estou convicto de que irá evoluir em termos táticos.
O que pode acrescentar ao Benfica? Onde pode jogar?
– Embora gerir a profundidade defensiva não se resuma unicamente a ter, ou não, velocidade de deslocamento, tê-la é uma vantagem, e ele é muito rápido. Por exemplo, na liga francesa, onde os avançados são rápidos e potentes e atacam muito a profundidade, ele mostrou, nos 10 jogos que realizou, ser capaz de gerir essa situação, quer em organização quer em transição defensiva. Onde pode jogar? É um defesa-central que também pode jogar a 6.