
A derrota (0-2) da última quarta-feira com o FC Porto para a Supertaça, em Aveiro, transformou Jorge Jesus no primeiro treinador da centenária história do Benfica a chegar aos dois dígitos nas estatísticas dos desaires com os dragões, elevando para a dezena o total de jogos perdidos diante do rival, isto num total de 21 confrontos já realizados.
O que traduz percentagem de derrotas de 47,6 por cento. Com sete vitórias (33,3 por cento) e quatro empates (19,1 por cento), Jesus não conseguiu vencer os dragões em dois terços dos jogos disputados de águia ao peito e espreita recorde negativo já em janeiro, mês que reserva clássico no dragão à jornada 14. Isto porque o FC Porto, ao conquistar a Supertaça, venceu o Benfica pelo quarto duelo consecutivo (Bruno Lage perdeu os dois clássicos do Campeonato na época passada, a que se juntou, já com Nélson Veríssimo como treinador interino, a derrota na final da Taça de Portugal).
A história diz-nos que tal demonstração de superioridade dentro das quatro linhas já tinha ocorrido duas vezes no século XX (nas décadas de 50 e 80), e uma já na primeira década do século atual, pelo que o clássico que se segue (e que pode anteceder outro no mesmo mês caso Benfica e FC Porto superem SC Braga e Sporting, respetivamente, na final four da Taça da Liga) pode determinar o que nunca antes foi visto. Ou seja, um ciclo de cinco clássicos consecutivos todos eles com vitórias dos azuis e brancos. Se tal cenário se vier a concretizar, Jesus irá igualar o brasileiro Otto Glória como o terceiro treinador da história da águia com maior percentagem (50) de derrotas frente aos dragões, ele que já é o técnico da Luz com mais clássicos perdidos com os dragões.