Em conferência de Imprensa, Jorge Jesus analisou os 5-0 com que o Benfica bateu o Vilafranquense no Estádio da Luz, garantindo, assim, a passagem para os oitavos de final da Taça de Portugal.
O técnico falou em vários objetivos alcançados nesta partida; sublinhou que a equipa está em crescendo; elogiou Pedrinho e Jardel; e explicou a importância de dar minutos de competição a todos os futebolistas do plantel.

Entrada dinâmica e com qualidade
“Tornámos as coisas fáceis. Entrámos fortes, tirámos o Vilafranquense do jogo e como é que fizemos isso? Marcámos primeiro, não os deixando sonhar que poderiam passar a eliminatória. Entrámos com um futebol dinâmico, com qualidade e com um ataque posicional forte. Marcámos golos bonitos. A segunda parte foi mais calma. O Pedrinho marcou e está a demonstrar, a pouco e pouco, que tem muita qualidade. O resultado foi volumoso. Permitiu colocar todos a jogar, os que não têm jogado tanto. As dinâmicas e os objetivos foram alcançados, nomeadamente passar a eliminatória, dar minutos a jogadores menos utilizados e jogar bem.”
“Sentimos que a linha de cinco defesas do Vilafranquense estava posicionada, bem organizada, mas não pressionava. Deixava espaço entre linhas onde tínhamos montado um espaço com os dois avançados – Seferovic e Gonçalo Ramos – e ainda aparecia o Pizzi… tivemos continuidade de jogo dentro da última linha. Depois, o Vilafranquense, ao sofrer os golos, psicologicamente foi sentindo e isso fez a diferença.”

Benfica, uma equipa com golo
“A equipa tem estado a crescer. Esteve forte no ataque posicional, e o Vilafranquense defendeu da mesma maneira que outras equipas que já tinham jogado na Luz. A defender! A atacar, foi diferente. Somos uma equipa que, por norma, faz golo. Temos estado a crescer, mas ainda falta sairmos melhor no contragolpe e temos qualidade para isso. Estamos a melhorar defensivamente, que é um dos aspetos importantes. O Jardel ajudou a fazer a equipa mais forte no jogo aéreo. Defensivamente, este jogo foi mais fácil para o Benfica. As vitórias vão dando confiança.”

Elogios a Nuno Tavares e Pedrinho
“O Nuno [Tavares] tem coisas muito interessantes. Penso que vai crescer como jogador com o tempo, porque há coisas que não faz tão bem. Isso aprende-se no treino, no jogo e com as coisas que o treinador explica. Acabou por fazer um bom jogo. O Pedrinho, quando chegou, estava há seis meses sem jogar, mas tecnicamente é muito evoluído.”
“Não tirei o Pedrinho porque quis-lhe dar um jogo com mais tempo e com competição. Nos últimos 15 minutos estava cansado, mas coloquei-o numa posição em que não se desgastasse tanto. Ele tem muito talento e vamos tirar dele muita qualidade. Tem tido um ano complicado porque esteve vários meses sem competir. Vamos ver se estabiliza.”

Dar mais competição a Jardel
“O Benfica tem 26 jogadores e só podem jogar 11 e mais cinco substituições. Falaram do Ferro, mas não tinha nenhum central no banco. Não estava o Vertonghen, o Ferro ou o Todibo. Não posso colocar todos. Há um sinal importante, que é: achar os jogadores a quem tenho de dar mais competição. O Jardel jogou bem na Bélgica e voltou a jogar porque precisa de ritmo. Conheço-o bem. Dos nossos centrais, é o mais rápido. Fez um jogo muito seguro, tal como o Otamendi.”

A importância de minutos para todos
“Com um resultado de 5-0, os jogadores entram com menos intensidade na decisão. Não era possível que, os cinco jogadores que entraram, passassem o resultado para o dobro. O que importava era estarem todos em competição.”

O treinador de sempre… há 30 anos!
“Se entendem que estou irritado porque comunico com os meus jogadores e tento corrigir posições no campo, então estou sempre irritado. Hoje, ontem e há 30 anos. Sou treinador assim desde sempre.”