O Benfica não está disponível para deixar sair com facilidade o médio Gedson Fernandes, jovem de 19 anos no qual a SAD encarnada deposita enormes esperanças e, nesse sentido, nem sequer está disponível para começar a conversar por valores abaixo dos 20 milhões de euros. Era essa a quantia até onde o Roma demonstrou recentemente estar disposto a contratar o atleta, mas Luís Filipe Vieira nem abriu a porta a uma eventual conversação.
A recusa do presidente dos encarnados em falar com o emblema italiano servirá, também, de “aviso” a outros colossos que, fruto de sucessivas observações dos seus departamentos de scouting, olham com interesse para Gedson Fernandes. Entre estes tubarões do futebol europeu estão, ao que foi possível apurar, o Manchester United de José Mourinho e a Juventus. Mas, para poderem sentar-se à mesa de Vieira em condições de poder garantir o internacional sub-20 português, terão de estar preparados para formular uma oferta convincente sabendo que Gedson é visto pelas águias como sendo (quase) intocável neste momento.
A sustentar a posição de força dos encarnados perante eventuais investidas estrangeiras está a cláusula de rescisão que defende o centrocampista, situada nos 60 milhões de euros, à imagem de colegas também da equipa B como o central Ferro, o médio Florentino Luís e os avançados João Félix e Heriberto.
Integrado nos trabalhos de pré-época dos encarnados desde o primeiro momento (e como já estava delineado que aconteceria desde fevereiro, quando o médio renovou até 2023), Gedson tem caminho aberto para ser opção ao longo de 2018/19. Fator determinante para a confiança extrema no médio está o facto de Rui Vitória, que foi chamando regularmente o atleta aos trabalhos do plantel principal, apreciar o seu empenho, qualidades e, acima de tudo, intensidade que coloca nos treinos. A lesão de Krovinovic na época passada acabou por permitir mais espaço para Gedson ir surgindo no dia a dia da equipa sénior, muito embora tenha sido com a camisola dos bês que o luso-santomense se evidenciou: fez 31 jogos oficiais na II Liga, apontando cinco golos.
Além da questão desportiva e da perspetiva de evolução que os responsáveis encarnados veem em Gedson, há ainda um outro aspeto complementar: o médio tem um caminho completo na formação das águias, onde jogou em todos os escalões e é uma das caras do trabalho “made in Seixal”. Em termos posicionais, Gedson pode oferecer à equipa dos encarnados soluções para a posição 8, o médio de construção, a mesma onde, no momento presente, Rui Vitória conta com Pizzi, Samaris e Keaton Parks.