A derrota do FC Porto em Turim, na terça-feira, ditou o fim das equipas portuguesas nas competições europeias desta época. Além disso, e pior que tudo, confirmou aquilo que há muito are anunciado: em 2018/19, Portugal perderá uma equipa na Liga dos Campeões. Apenas o campeão terá acesso direto à fase de grupos, enquanto o segundo classificado terá de jogar a partir da 3.ª pré-eliminatória.
Este novo desenho resulta do coeficiente acumulado pelas equipas portuguesas em provas da UEFA nas últimas cinco temporadas. Para estes efeitos, as vitórias valem dois pontos e os empates valem um – valores reduzidos a metade em jogos de pré-eliminatórias ou playoff. Além disso, há ainda bónus de qualificação para os oitavos-de-final da Champions (cinco) e para cada ronda atingida depois dos quartos de final de ambas as provas.

Para se obter o coeficiente do país em cada temporada, é necessário somar o total de pontos obtidos pelos emblemas do país e depois dividi-lo pelo número de equipas nacionais que iniciaram Liga dos Campeões ou Liga Europa.
Isso ajuda a explicar as permanentes mudanças de posição entre França, Portugal, Rússia e até Ucrânia: quanto mais equipas têm em prova, mais difícil é subir o coeficiente. Em termos práticos, traduz-se nisto: partir do momento em que o nosso país tenha cinco representantes nas provas europeias, cada ponto acumulado valerá 0,200 pontos para o coeficiente; neste momento, com seis equipas, cada ponto vale 0,166 no coeficiente.