Borussia Dortmund e SL Benfica jogam às 19h45 de quarta-feira numa partida que decidirá quem marcará presença nos quartos de final da Liga dos Campeões.
As águias partem com uma vantagem de 1-0 conseguida no encontro da primeira mão, disputado em Lisboa, fruto de um golo de Mitroglou mas pela frente terá um adversário a dar tudo para inverter a eliminatória.
“Já passou um jogo, agora há um conhecimento mais aprofundado e mais preciso, logo, calculo que haja uma abordagem diferente. Não há jogos iguais, até porque antes estava 0-0 e agora está 1-0. O jogo é uma história viva, com nuances diferentes. Sabemos que vamos defrontar uma boa equipa, mas acreditamos no nosso valor”, começou por dizer Rui Vitória em Conferência de Imprensa.
Face à vantagem na eliminatória, vamos ter um Benfica com mais cautelas?
“Sabemos que um golo nosso terá impacto, sabemos que eles jogam em casa e que vão à procura de ganhar. São abordagens diferentes. Fundamental é que os nossos níveis de concentração sejam muito altos e que haja critério na saída para o contra-ataque. Vamos encontrar uma equipa forte, mas temos prazer em estar aqui a desfrutar destes jogos. Estamos contentes, mas queremos sempre mais”, afirmou o técnico.
“Com qualquer adversário, seja de uma divisão inferior, seja desta grandeza, o objetivo é ganhar. Agora, um Dortmund obriga a muitas cautelas. O que não invalida que as oportunidades que consigamos ter, não queiramos ir lá marcar. O que o jogo for ditando é o que vamos jogando. Há momentos em que temos que jogar com linhas mais recuadas, outros em que a linha defensiva estará no meio-campo e outros em que procuraremos a baliza para marcar”, acrescentou.
Sem confirmar se o mexicano será opção para o jogo frente ao Borussia Dortmund, Rui Vitória analisou a temporada de Raúl Jiménez nas águias e apontou as razões para o jogador não ser tão utilizado.
«O Raúl começou a época muito bem, depois teve problemas com lesões e algumas idas à seleção, que acabaram por prejudicá-lo… Não nos podemos esquecer de que tem pela frente um jogador que está muito confiante e a marcar muitos golos, que é o Mitroglou, e também o Jonas, que joga naquela posição. A oposição interna é muito grande e válida. Para o Raúl tem de haver uma oportunidade para começar a jogar, porque quando o faz é um jogador que evolui com facilidade. Ele precisa de jogo, como precisam os 28 jogadores do plantel e não podermos dar resposta a todos»
O Benfica teve sorte em vencer a 1.ª mão?
“Fizemos coisas bem-feitas e sabemos que há coisas a corrigir. Agora, isso da sorte… Já contribuímos com oito vitórias em 17 jogos na Champions desde que chegamos. Isso são aspetos positivos para o futebol português que merecem ser realçados”, adiantou.
“Todas as equipas dependem do fator sorte para chegarem a uma final europeia, seja o sorteio, o momento das equipas e dos adversários, ou a capacidade dos clubes em termos financeiros e de grandeza. Enquanto nós, tendo um jogador que se está a evidenciar, vêm-no buscar, noutras equipas isso não acontece. O caminho é para que, a longo prazo, se consigam coisas mais grandiosas, mas para isso temos que equilibrar essa tabela, porque tem de existir estabilidade, a continuidade de jogadores, a idade dos atletas também tem que ser diferente. Pode ser preciso algum tempo, mas é preciso trabalhar com visão e isso nós temos”, explicou Rui Vitória relativamente à ambição europeia do Clube.
O treinador do Benfica garantiu que o Benfica trabalha com o objetivo de chegar a um título europeu e apontou o caminho que tem de ser feito.
«Para chegar a uma final todas as equipas dependem do fator sorte, do momento das equipas e da combinação dos sorteios… O dinheiro conta? Claro que não é só isso mas ajuda muito. Nós podemos ter um jogador a valorizar-se e qualquer grande equipa da Europa é capaz de o levar e ficamos sem ele. As equipas mais fortes apenas têm de retocar o plantel e enquanto não tivermos esse poder temos de ter uma astúcia muito grande. Mas num clube como este o caminho é para chegar a coisas mais grandiosas e, para isso, tem de existir continuidade e estabilidade. Para ganhar uma Liga dos Campeões é fundamental trabalhar com uma visão e isso nós temos», realçou o técnico das águias.
A fechar, e instado a comentar o ambiente esperado no recinto: “Um ambiente onde também gostamos de jogar. Estamos habituados a estes tipos de estádios. Estamos habituados a isso no Estádio da Luz. Estamos juntos há algum tempo e também tenho aqui jogadores habituados a vivências destas em clubes e seleções. Sobre a entrada deles em campo, nada como uma resposta nossa a dizer «alto que também estamos cá»”.
O Borussia Dortmund – SL Benfica tem apito inicial do inglês Martin Atkinson às 19h45 de quarta-feira.
A antevisão completa ao jogo com Samaris e Rui Vitória.
