Apostando na explosão do jovem avançado, que festejou os 20 anos na segunda-feira, os gestores para o futebol do Benfica optam agora também pela sua colocação em zonas mais centrais, isto depois de Diogo Gonçalves ter sido até agora utilizado sobretudo à esquerda. Para isso, e fruto também da saída de João Carvalho para o V. Setúbal, por empréstimo, a equipa B mudou de esquema, deixando o 4x3x3 utilizado como base por Hélder Cristóvão, tendo atuado diante do Vizela num 4x4x2 semelhante ao da equipa principal.
Com Heriberto e Romário Baldé nos flancos e Pedro Rodrigues e Dálcio no miolo, coube a Diogo Gonçalves jogar no apoio ao ponta de lança José Gomes – a estratégia resultou, com cada um deles a marcar um golo no triunfo por 2-1. E mesmo sem a dupla titular na última partida da II Liga (os jogadores estiveram ao serviço dos sub-19, que conquistaram frente ao Midtjylland, da Dinamarca, o acesso aos oitavos de final da Youth League), Hélder Cristóvão voltou a ensaiar o esquema no particular de terça-feira ante do Gwangju FC, da Coreia do Sul.
O plano delineado na Luz foi, aliás, reconhecido pelo próprio treinador da formação secundária, que após o triunfo sobre o Vizela abriu o jogo sobre o futuro de Diogo Gonçalves. “A adaptação do Diogo foi muito fácil, é um jogador que tem características para fazer aquela posição. Entendemos que para o ano até pode tornar-se perfeitamente no seu habitat natural. É importante para ele fazer outras posições”, disse.
Seguido atentamente já a nível internacional, sobretudo pelo Arsenal – o treinador Arsène Wenger é um admirador das suas qualidades, instruindo os olheiros do clube para mantê-lo sob apertada observação -, Diogo Gonçalves é um dos atletas dos bês em quem as águias depositam mais expectativas, preparando a sua inclusão na equipa principal a curto prazo, com base no plano de aposta nos jovens formados no Seixal.