Dizem estes que a academia de Alcochete ainda é a que mais rendeu a clubes nacionais, e que está à frente da do Benfica no Seixal.
Na ausência de títulos e vitórias que animem os adeptos, esta gente(inha) goza com louros pequenos e minunciosamente rebuscados, para manter a “carneirada” (título dado pelo presidente do clube aos seus adeptos) com lã nas ventas.
Então fazem uma colheita de vendas deste milénio da academia pertença do Millennium BCP, para chegar a um valor global de 160,425 milhões de euros em vendas de passes de futebolistas. Tudo para dizer que têm mais receitas que a Caixa Futebol Campus, onde facturaram “apenas” uns míseros 154,6 milhões de euros.
Juntam desde o ano 2000 todos os jogadores que tenham rendido alguma coisa aos cofres dos clubes, juntando tudo o que mexe vindo de Alcochete, e apenas as vendas mais sonantes saidas do Seixal. esquecem-se de muitos empréstimos dos encarnados que igualmente tiveram retorno financeiro, mas talvez por não terem acesso a informações previligiadas da Luz, ao contrário do que acontece de Alvalade, não colocaram. Neste caso, a sua tese ou estatística peca logo por “não-fidedigna”.
O mesmo pasquim enaltece ainda que o clube que só ganha de 15 em 15 anos, foi quem fez a mais avultada transferência de sempre no futebol português. João Mário por 40 milhões para o Inter de Milão foi para eles a maior de sempre, batendo a de Renato Sanches que valeu apenas 35 milhões. Só a estes 35M, ainda há outros 45M de objetivos, sendo que destes 25M são de fácil acesso. Já no final desta época, deverão chegar mais 5M por cumprir determinado número de jogos com a camisola do Bayern Munique. Depois há o facto da venda de João Mário ser paga em várias e pequenas prestações, ao contrário de Renato Sanches que é pago a pronto, conforme legislação desportiva em vigor na Alemanha.
Mas para o pasquim, a seriedade dos números e o rigor jornalístico é secundário. Prioridade é mesmo servir quem lhes paga almoços e jantares no restaurante “Edmundo”, refeições estas que não são declaradas nem oferecidas por cortesia em qualquer “voucher”. Mas o Benfica é que manda nisto tudo.
Nuno Alexandre Costa