Alguns “senhores” da nossa imprensa foram céleres na acusação a Nélson Semedo devido ao gesto que este fez para uma bancada afeta aos vimaranenses. O que não fizeram, foi tentar saber qual o fundamento para que um jogador de conduta acima de qualquer suspeita o ter feito. Na base, trabalho de jornalista.
O lateral-direito do Benfica foi repetidamente insultado e ofendido com conteúdos racistas, algo punível com base no artigo 113.º do Regulamento Disciplinar, que pune os «comportamentos discriminatórios em função da raça, religião ou ideologia».
Na verdade, o jogador até foi brando. Tão brando que preferiu arrumar o assunto sem apresentar qualquer queixa. Queixa essa que poderia impedir os criminosos (sim, é crime) de voltarem a sentar naquelas bancadas nos próximos tempos. Talvez se poupasse algum outro jogadoer adversário no futuro, de ter igual tratamento.
Concluíndo, e talvez porque o jogador encarnado não se “chorou” para o árbitro porque não está na sua natureza ou formação, o cartão amarelo que viu no jogo é aceitável, consuderando que o árbitro nada viu ou ouviu.
Nuno Alexandre Costa
