Formação ou prospeção? Ambos.

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O Benfica tornou-se uma máquina de produzir jogadores para seu usufruto próprio, mas também para fornecer ao mercado mundial e em especial europeu.

Desde a criação do Caixa Futebol Campus, que as raízes foram lançadas, e agora com o passar dos anos e o crescimento dessas sementes, vão surgindo os primeiros valores. São os casos dos já transacionados Ivan Cavaleiro, João Cancelo, Bernardo Silva ou ainda André Gomes, para falar dos mais mediáticos.

Este é um sonho tornado público do nosso presidente Luís Filipe Vieira, e o investimento parece ser claro. No entanto, formar apenas não serve. Atentos ao que se vai produzindo também em mercados menos mediáticos, o Benfica aposta também e muito na prospeção de jovens a despontar por esse mundo fora. A ideia é clara. Jovens com valor para potenciar e transferir no futuro. Se possivel, beneficiar entretanto no âmbito desportivo. Alex Grimaldo, Raúl Jiménez, Rafa ou mesmo Carrillo podem encaixar nesta visão.

Mas há outros que são igualmente potenciados para vir a fazer parte do plantel, ou mesmo transferir sem pisarem o relvado da Luz com a camisola encarnada. Não quer dizer que não tenham valor. Apenas por ser pretamaturo por esta ou aquela razão integrar numa nova e mais exigente realidade, ou porque são vistos apenas e só como produto transacionável.

Neste último parágrafo temos o caso do jovem brasileiro Léo Natel. Emprestado ao São Paulo depois de uma breve passagem pelo Benfica B, e ter até integrado a pré-época no último verão, o jovem de 19 anos seguiu caminho para o Brasil, onde foi campeão sub-20 pelo clube paulista. Esta cedência teve ainda o extra de ter permitido ao atleta ser considerado o melhor jogador sub-20 nessa competição. Este passo atrás para a sua terra natal valeu uma visibilidade numa montra que dificilmente teria na equipa secundária encarnada, por mais procurada que esta possa ser.

Assim sendo, quando questionados os dirigentes máximos das águias, qual o melhor caminho a percorrer, a resposta será… todos os que forem diretos ao sucesso desportivo e financeiro. Formação e prospeção devem conviver em sumultãneo, não descurando a contratação cirúrgica de outros valores mais experientes, para manter vivos os objetivos desportivos, e para servir de modelo aos mais novos.

Nuno Alexandre Costa

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