Tem sido por demais. O rival de Alvalade definitivamente não sabe perder com fairplay, até porque também não conhece o sabor do triunfo. Ano após ano, jogo após jogo, sempre que as coisas não correm bem, como por sinal é habitual, lá vem o queixume e a choradeira sobre as arbitragens e afins.
Sempre que perde nunca é por culpa própria. São roubados, dão um banho de bola a todos, ora é contra o Benfica, ora na Champions. A coincidência aqui é que há algo que une todos estes argumentos desta gente. A derrota e o fracasso.
Esta semana dois ilustres benfiquistas terão sido abordados para comentar mais uma semana de intensos desvios de atenção dos dirigentes do Sporting, das derrotas sofridas para o Benfica e as arbitragens, e mostraram não terem mais paciência para tanto choro.
O administrador da SAD do Benfica, Rui Costa, à margem de um evento promocional da Adidas, optou por desvalorizar mais um ato de desespero dos leões após o jogo do dérbi: “Foi mais um passo que demos nos nossos objetivos. É evidente que um derbi é sempre um derbi, mas, no fundo, o que conta são três pontos que estão em disputa e estamos felizes por terem ficado cá.”.
Já reagindo diretamente às criticas à arbitragem, defendeu: “Não vamos por aí… O nosso objetivo sabem qual é, chegar ao final da época com o máximo de títulos possível, seguimos o nosso caminho.”
Já Toni, questionado acerca dos argumentos dos verde-e-brancos, preferiu revelar o real motivo do rival lisboeta: “Atribuir a liderança do Benfica como fruto das arbitragens parece-me demasiado redutor para não se olhar para as fraquezas que existem nos seus próprios clubes.”
O treinador afeto ao Benfica, deixou também um comentário ao futebol dos encarnados, explicando o porquê de ter sucesso face aos rivais: “Não tem sido um Benfica com um futebol que encante, mas tem sido pragmático e objetivo, com momentos bons. Está na liderança do Campeonato e nos oitavos de final da Liga dos Campeões, que era uma primeira meta. Ainda há muito campeonato pela frente, nada está decidido, mas há almofada psicológica de liderar e ter os seus rivais à distância.”
A choradeira deverá continuar, até porque não se vislumbra melhorias na performance desportiva do Sporting, e o insucesso deverá continuar. Perante isto, o mais natural é que o bebé chorão voltar a ficar a chuchar no dedo mais uma época.
Nuno Alexandre Costa