Cartolinas amarelas: Muitas no relvado e poucas na disciplina.

375882_galeria_benfica_x_sporting_liga_nos_2016_17_campeonato_jornada_13-jpgA garotada que gere o outrora grande clube de Alvalade, conhecido lá fora por Sporting Lissabonna, arranjou mais uma estória para mandar aos olhos da carneirada. Qual vapor também na moda para aqueles lados, este serve agora, por altura da segunda derrota consecutiva da sua agremiação, desviar as atenções do seu rebanho. Afinal estamos a chegar perto de eleições e esta fase não vem nada a calhar.

Desta vez temos cartolinas. Aqueles papeluchos amarrotados e atirados (mal) para dentro do relvado e à tola de JJ e companhia, foram meticulosamente dobrados e juntos com uma poderosa fita-cola, daquelas que toda a gente costuma andar no bolso. Não falando de nova tentativa de incêndio nas bancadas da Luz, desta vez falhada, e onde a última ainda não foi paga apesar da condenação, BdC veio todo lampeiro junto da comunicação social que por ali andava, a mesma com quem teria estado num repasto uns dias antes, mostrar tal artífice único e elaborado por ele mesmo. “Foi disto que andavam a atirar na gente” – disse ele sem sorrir.

Já antes, o mesmo senhor também conhecido por “Babalú” entre os jogadores quando este não está presente, também logrou atirar algo para os adeptos à saída do relvado. Um beijo, mostraram as cameras. Mas enganem-se os mais desatentos. Pela distãncia que o separava das bancadas, e na dificuldade de conseguir fazer chegar longe o seu cuspo (o presidente do Arouca não teve a mesma sorte), optou por salivar na mão e soprar. Talvez algum pingo lá chegasse.

Voltando às cartolinas, o que de facto parecia em demasia, acabou por se revelar em défice. A quantidade de faltas para amostragem deste papel mais espesso, e de cor amarelo ou mesmo vermelho, que não foram mostrados aos atletas (?) do rival quando cortava lances de ataque iminente do Benfica, foram por demais. Das 26 vezes em que o senhor árbitro, aquela “besta maldita” não sancionou disciplinarmente os adversários por faltas merecedoras de tal acto, mostraram que afinal as cartolinas amarelas até foram poucas. Mas há vícios que teimam em não desaparecer. Os mesmos intérpretes, embora noutra competição (Taça de Portugal), noutra época (2015/2016), e noutro estádio (Alvalade) mas os mesmos clubes e árbitro, já haviam repetido tal vício quando Luisão viu partido o seu braço sem sancionada falta ou qualquer cartão, ou até mesmo quando Slimani agride selváticamente a cabeça de Samaris, também sem falta ou a amostragem da famosa cartolina. Desta vez a vermelha até seria o mais ajustado.

Finalizando, a única cartolina que ficou na retina, foi aquela em que Jorge Sousa usou para estratégicamente cortar um lance contra-ataque perigoso de Gonçalo Guedes. As mesmas que estavam em campo há muito tempo sem incomodar o senhor árbitro. Só incomodou naquele lance, pois claro.

E o Benfica é manda nisto tudo.

Nuno Alexandre Costa

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